Foram
identificados como autores intelectuais e com atuação direta, tanto na
rebelião como nos assassinatos, 7 internos, sendo 5 menores, um de 15,
um de 16 e 3 de 17 anos, e dois maiores, Eduardo Jansaro da Silva, vulgo
“Dudú” de 18 anos, que cumpre pena por tráfico, roubo, assalto e
homicídio e Luiz Carlos da Silva, vulgo “Indio” ou “Aldeia” de 18 anos.
Os acusados confessaram o crime e disseram que mataram as vítimas,
porque as mesmas eram “cabuetas”. Eles confessaram ainda que
participaram da rebelião na FUNASE do Cabo de Santo Agostinho, onde
mataram e arrancaram a cabeça de um interno, Os acusados foram levados a
2ª Delegacia de Polícia Civil de Caruaru, onde foram autuados em
flagrante pelo delegado da Força Tarefa, Dr. Bruno Vital, por duplo
homicídio qualificado, tentativas de homicídio, lesão corporal e dano ao
patrimônio público. Após a lavratura do procedimento, os maiores foram
levados para a penitenciária Juiz Plácido de Souza em Caruaru, enquanto
que os menores retornaram a FUNASE,
De acordo com o agente Emerson Domingos, que está há 8 anos, trabalhando
na instituição, o motivo dos homicídios, é uma rivalidade que existe
entre os internos oriundos da unidade do Cabo e os que são da região de
Caruaru. Ele também informou que a direção da unidade sabia que os
adolescentes que vieram do Cabo planejavam uma rebelião e não tomou
qualquer providência, pois quando há alguma fuga ou algum outro problema
dentro da unidade os culpados são sempre os agentes que acabam sendo
punidos. Segundo ele hoje existem 168 internos na unidade, Além de
dezenas de policiais militares das guarnições de áreas, do GATI, ROCAM e
CIOSAC, também participaram da mega operação, socorristas do Samu
Regional e Corpo de Bombeiros Militar. Já o levantamento cadavérico foi
comandado pelo perito criminal Dr. Teófilo Ribeiro.
fonte: Blog do Adielson Galvão |